logo na noite em que quis provar que sei voar
a casa está vazia e não há ninguém a saborear
o momento em que eu dou o salto para agarrar a tua mão
dou balanço e despeço os pés da segurança da solidão
encho o peito de ar, fecho os olhos, e espero te encontrar
dou o salto e fico suspenso no ar, cambalhota para trás
estico os dedos já aflitos desejando te tocar
é então que sinto a força de ALGUÉM para me puxar
trapezista sem certezas, sou palhaço sem sorrir neste circo que é a vida
preparo nos bastidores a alegria que não consigo passar
tenho a rede debaixo de mim preparo-me para o encore
vivo para os aplausos e neste momento eu sou o maior
quando olho para a rede lá em baixo sinto que posso cair
mas será que estou seguro quando tudo ruir
quando os aplausos forem vaias quando os bancos ficarem despidos
serei eu um trapezista ou um pássaro sem destino?
já que fiz da minha vida o céu, eu olho para lá
será que os saltos que dei não foram para TE encontrar?
estou sozinho, estou aflito eu preciso de aceitar
que eras TU que agarravas a mão quando eu brincava com a minha vida
preciso de TI
quero aterrar em TEUS braços
ÉS a rede que me segura
braço forte que me sustenta
preciso de TI
para ter um sentido na vida
para encher o peito de ar
e voar, voar, voar!
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